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Friday, 11 de May de 2018
Fonte: Diário do Comércio
Presentear as mães com livro, flor ou ingresso de teatro ou cinema pode pesar menos no bolso. Isso porque esses produtos têm as menores cargas tributárias embutidas nos preços, quando comparados com perfume, relógio e cosmético, por exemplo, de acordo com levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Dos R$50 pagos por um livro, R$7,76 equivalem a impostos. É o presente com menor tributação (15,52%) do ranking de mais de 30 itens que a ACSP encomendou ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
Quem for levar a mãe ao teatro ou cinema irá desembolsar 20,85% de impostos sobre o preço do ingresso. Para as mães que gostam de assistir a um filme ou seriado em casa, o conversor digital tem 24,2% de carga tributária.
Presentes tradicionais têm as cargas mais elevadas do levantamento: perfume (69,13%), relógio (56,14%), cosmético (55,27%), maquiagem (51,41%), joia (50,44%), calçado (36,17%), roupa (34,67%), óculos de sol (44,18%), bijuteria (43,36%), carteira (41,52%) e bolsa (39,95%). Para as mães que preferem ganhar algo para o lar, geladeira (46,21%), jogo de panelas (45,77) jogo de pratos (44,76%) e batedeira (44,37%) também estão entre as tributações mais altas do estudo.
“A diferença de taxação entre os produtos ocorre em razão da atribuição de impostos. Por exemplo, sobre o preço final do perfume há incidência de ICMS (25%) e IPI (30%). Por outro lado, sobre o livro e a flor não incidem esses encargos”, explica Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ele diz que, mesmo com a alta tributação, a perspectiva para este Dia das Mães é positiva, visto que é a segunda melhor data para o comércio, só perdendo para o Natal.
A estimativa da ACSP é de crescimento entre 3% e 5% das vendas na capital paulista frente ao ano passado, com destaque para as TVs, que podem ter suas vendas alavancadas pelo apelo publicitário da Copa do Mundo. De acordo com o levantamento, 44,94% do preço de uma TV é destinado ao pagamento de impostos.
O segmento de roupas e calçados também pode ter bom desempenho caso as temperaturas caiam e os consumidores procurem, assim, presentes da moda outono-inverno.
Segundo o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, a elevada tributação dos presentes preferidos das mães deve-se ao fato de serem considerados bens supérfluos.
"No Brasil, a tributação é muito concentrada no consumo, o que eleva os preços dos presentes e, muitas vezes, impede que o contribuinte consuma mais e melhor", explica Olenike.